Unicismo hannemaniano?
Unicismo elizaldiano?
A miasmática de marcadores de Ortega?
A de Paschero?
Hahnemann com seus antipsóricos?
No fim de sua vida, com LM?
Leon Vannier e seus drenadores?
A constitucional francesa?
A da tipologia francesa?
A de abordagem anato-patológica e fisiopatológica?
A dos sintomas mentais?
A abordagem filosófica?
A mitológica e dos sonhos?
A populacional?
A tri-una do Dr. Roberto Costa?
A organicista?
Qual delas, senhoras e senhores?
A resposta é… a bem-feita.
A Homeopatia dá aos homeopatas uma possibilidade única que é a de, com o conhecimento de algumas facetas/sintomas de seu paciente, ser possível medica-lo e encaminha-lo com isso para a cura de sua (s) doença (s).
Não é necessário ter um conhecimento total do paciente para trata-lo, não é necessário vira-lo do avesso para ser dado um diagnóstico (embora ele seja muito desejável), não é preciso se esperar exames, não são necessários rios de dinheiro para cuidar de sua saúde, etc. O requisito principal no que diz respeito ao profissional é querer ser um bom clínico.
Tendo um grupamento lógico, concatenado e significativo de sintomas, acompanhando a evolução do ser e destes sintomas com o(s) medicamento(s) dado, este clínico pode ir longe, muito longe. Tem um panorama tão vasto a sua frente que acredito que muitas vezes chega a assustar.
O mesmo paciente vai apresentar:
Seu modo de agir,
Suas reações às doenças a nível anatomopatológico e fisiopatológico,
Sua tipologia,
Sua constituição,
Seu modo de pensar e ver o mundo,
Suas doenças ao longo de sua vida,
Sua cultura, suas crenças, marcas de sua sociedade, sua linguagem
Seus sonhos,
Etc.
São vários os aspectos do ser, facetas que sempre nos dizem coisas a respeito dele mesmo, e são altamente representativas deste ser, e que podem ser usadas homeopaticamente para medica-lo e trata-lo de uma maneira profunda, todas elas. E se bem-feitas, todas darão resultado.
Usando um exemplo bem beligerante, quando se bombardeia com sucesso um porta aviões, se pode ter vários resultados: se pode fazer estragos leves, médios, grandes, até se pode afunda-lo ou explodi-lo. Mas, ele tendo sido atingido, sempre se tem algum resultado, e não é necessário explodi-lo inteiro para isso e nem é necessário conhece-lo em todos seus detalhes.
Mas algum conjunto de dados é necessário que se saiba, e dados os mais próximos da exatidão possíveis: sua localização (quanto mais precisa, melhor), seu tamanho, seu poder de fogo, para se poder concluir qual o tipo de arma o ataque vai utilizar. Quanto mais preciso, melhor o resultado. E aí o tiro é dado e independentemente do tamanho do estrago ele o afetará por inteiro e sempre com resultados variáveis, que o atacante terá que analisar.
Não é necessário se conhecer com exatidão o todo para se atingi-lo, basta conhecer com a maior exatidão possível algumas variáveis importantes.
E aqui cai como uma luva a expressão "todos os caminhos levam a Roma”: nunca se deveria tentar unificar ou tentar eleger uma melhor entre as várias abordagens dos sintomas homeopáticos que existem, elas só comprovam a riqueza da semiologia homeopática.
Deve-se, sim, fazer a metodologia dos meios de avaliação da evolução do tratamento homeopático (ou quem preferir pode chamar de avaliação miasmática), obedecer uma padronização na preparação dos medicamentos e continuar enriquecendo a matéria médica com aspectos das várias abordagens.
As variáveis têm que ser definidas e muito estudadas e avaliadas:
O tipo de preparação e de escala do medicamento utilizado,
A influência do tipo de abordagem utilizada na avaliação da evolução do tratamento e sua influência no todo,
A influência dos métodos de administração (frequência de dose, tamanho da dose, etc.),
A maneira como o ser faz sua evolução no geral e no particular deveria ser melhor estudado e anotado durante as consultas.
Cada abordagem homeopática deveria ter sua avaliação de evolução do quadro do paciente descrita de uma maneira clara, de uma maneira que se torne funcional na clínica.
Qual será a abordagem usada numa consulta e num tratamento homeopático o clinico escolhe no cardápio homeopático.
O referencial adotado para a avaliação e conhecimento do objeto estudado os estudiosos escolhem. Mas ele tem que ter uma base teórica do que está fazendo, afinal Ciência é um conjunto de pessoas produzindo descobertas/fatos que aos poucos se juntam e que fazem chegar a alguma conclusão final (ou não).
E a estas vão se juntando outros fatos e sendo produzidas outras conclusões, como em um modo perpétuo, que não para jamais. Se ninguém fica sabendo de nenhum fato por falta de comunicação, falta de metodologia de pesquisa e estudo, etc,etc, não há desenvolvimento de ciência, ou talvez nem haja ciência.
Não dividam, somem, e permitam-se vislumbrar a riqueza do universo homeopático. E da próxima vez que forem inquiridos sobre " que corrente homeopática você segue", permitam-se responder " a abordagem homeopática que uso é tal, estudada por fulano de tal ".
E respeitem seu colega pela qualidade da Homeopatia que ele faz e não pela abordagem que ele usa.