Prescrição e Posologia em Homeopatia - José Maria Alves

Prescrição e Posologia em Homeopatia - José Maria Alves

Direitos do Conteúdo: José Maria Alves

 

Eu sou apenas um "Terapeuta Holístico" e meu coração está na Homeopatia. Sigo grandes personagens da atualidade quando se trata de saúde, entre eles cito o Dr Lair Ribeiro.


Pouco conhecido no Brasil, o grande homeopata de Portugal, José Maria Alves possui um enorme acervo em seu site, blog e até mesmo em seu canal no Youtube.


Com as diferenças na escrita do português de Portugal e do Brasil, preferi contratar uma equipe para fazer a melhor "interpretação" do artigo, no final da página estão os devidos créditos.

 

Segue o texto:

 

Ao encontrar o Simillimum, é necessário determinar:

 

Diluição;


Dose;


Frequência de administração do remédio.

 

Neste assunto, a prática do homeopata é a norma que deve orientá-lo e as considerações a seguir devem ser tomadas apenas como indicativas.

 

Certos homeopatas usam quase exclusivamente baixas diluições, enquanto outros usam altas diluições – geralmente, os unicistas utilizam altas diluições: 30 CH e acima. Neste campo, a experiência individual deve ditar as regras, embora existam certas regras básicas que não se podem esquecer:

 

simbolo homeopatia

Regras básicas da Homeopatia

 

Quanto maior a diluição e maior a similaridade do medicamento selecionado, mais prolongada será a ação medicamentosa no tempo.


Pacientes idiossincrásicos são particularmente sensíveis a qualquer tipo de diluição homeopática; logo, as reações adversas ou a ação medicamentosa podem durar mais tempo, mesmo em baixas diluições e em circunstâncias de similaridade imperfeita.


O medicamento não deve ser repetido enquanto o paciente ainda estiver se beneficiando dos efeitos da dose anterior. Só quando a ação do remédio estiver esgotada, deve ser repetido.


As tomadas sucessivas do medicamento devem ser processadas mediante uma alteração – mesmo que moderada – da potência ou da dose.

 

§ 247 do Organon - A alteração das doses ou da potência nas tomadas sucessivas em casos crônicos é fundamental. Explicamos agora que, a cada dose ingerida, o medicamento homeopático vai se deparar com a força vital, não em seu estado original, mas sim alterada pela ação da dose anterior.

 

Deste modo, uma dose do medicamento dinamicamente similar à anterior, não produzirá efeitos terapêuticos porque a força vital se encontra expectante diante da nova potência ou dose. O quadro do paciente poderá deste modo se manter ou até mesmo piorar.

 

O uso simultâneo de medicamentos não resulta em uma cura mais rápida e pode atrapalhar a escolha da diluição, dose ou frequência de administração.


A frequência com que o medicamento é administrado, geralmente, é diretamente proporcional ao número da diluição. Nas altas diluições, o espaçamento entre a administração das doses deve ser aumentado.


Na presença do simillimum, parece que todas as diluições são curativas; no entanto, quanto maior a diluição, maior a probabilidade de uma cura permanente.

Atente-se que altas diluições não devem ser administradas a pacientes incuráveis ou hipersensíveis. Os primeiros acabam por se esgotar, enquanto os segundos adquirem os sinais patogenéticos do medicamento.

mulheres e criancas


Mulheres e crianças geralmente reagem bem aos medicamentos; portanto, devemos começar com baixas diluições. O mesmo se diz em relação aos indivíduos hipersensíveis, propensos a fazer a patogenesia do medicamento administrado.

 

Quando a similaridade é grande, podem ser usadas diluições mais altas, mesmo nos quadros agudos, o que obriga ao espaçamento das doses – ex. 15 ou 30 CH -.

 

No caso de doenças agudas, podem ser preferidas as baixas diluições administradas em pequenos intervalos, inversamente proporcionais à intensidade dos sintomas.

 

Por exemplo, de 24 em 24 horas; de meia em meia hora; de 15 em 15 minutos e até de 5 em 5 minutos –, espaçando-se as doses conforme as melhorias.

 

No caso de uma doença aguda ou crônica com similaridade muito imperfeita, devem ser utilizadas baixas diluições – ex.: 5 CH. De qualquer forma, o conceito de alta e baixa diluição depende, como já mencionado, da experiência clínica do homeopata.

 

Nas doenças agudas, as baixas diluições são tomadas várias vezes ao dia.

 

Nos casos crônicos, podem ser administradas altas diluições – ex.: 30 CH; 200 CH –, aguardando que o efeito do remédio termine para uma eventual repetição – só se repetirá a dose caso os sintomas melhorem ou permaneçam inalterados.

 

Se surgirem sintomas adicionais ou o quadro clínico piorar, deverá ser feita uma reavaliação da prescrição – ou então, uma diluição média de forma contínua, aumentando-se progressivamente a potência ou a dose.

 

O efeito dos medicamentos homeopáticos no tempo depende do próprio medicamento, do paciente e da diluição.

Pode-se dizer, em geral, que em média as doses baixas – até 5 ou 6 CH – têm um efeito de cerca de 4 horas, as médias – 7 CH a 12 CH – de 1 ou mais dias, e as altas – superiores a 15 CH – de uma semana ou mais.

 

Na perspectiva da Escola Pluralista, em casos agudos – domínio orgânico ou lesional –, recorre-se a baixas diluições (5 ou 6 CH); nos quadros subagudos – domínio funcional – a diluições médias (7 a 9 CH); e nos casos crônicos – especialmente na esfera mental – empregam-se as altas diluições (superiores a 15 CH, especialmente a 30 CH).
Não há uma única definição classificatória das diluições.

 

homeopata iniciante

O iniciante na arte da cura homeopática deve começar administrando doses baixas ou médias, aumentando-as gradualmente conforme a experiência clínica acumulada.

 

Também deve estar atento ao fato de que a repetição contínua de uma substância pode gerar uma doença medicamentosa grave – iatrogênica –, cuja única possibilidade de cura ou minimização sintomática é o uso de substâncias antídotos – podemos citar aqui o caso de Kent, que se viu obrigado a antidotar continuadamente os efeitos perversos da administração contínua de um medicamento homeopático por sua terceira esposa.

 

Aconselhamos o iniciante na prática homeopática a começar com baixas diluições, aumentando-as progressivamente.


Assim, encontrado o simillimum ou o medicamento mais apropriado, o tratamento pode ser iniciado com uma dose de 6 CH – a menos propensa a agravamentos, segundo alguns autores –, aumentada progressivamente assim que seu efeito termine, para 12 CH, 15 CH e 30 CH.

 

Como já foi discutido no artigo referente aos medicamentos, estes podem se apresentar sob a forma de gotas, grânulos ou glóbulos. Existem ainda as pomadas e os unguentos, estes de fabricação mais recente do que as outras formas medicamentosas.

 

Os grânulos são administrados sublingualmente, em regra, três, longe das refeições.


De acordo com o grau de dinamização-diluição, o pluralismo recomenda em regra:

 

Pluralismo: Regras de dinamização e diluição

 

Se em 5 CH, duas, três ou mais vezes por dia;


Se em 7 CH, três grânulos uma vez por dia;


Se em 30 CH, três grânulos em dois ou três dias alternados.

 


É importante mencionar que esta posologia é meramente indicativa e depende de todos os fatores mencionados anteriormente.

 

A dose de glóbulos:

Existente no mercado com tal denominação – pode ser substituída por 12 grânulos tomados de uma só vez:

 

Se em 15 CH, uma vez por semana.


Se em 30 CH, uma vez por mês.


As gotas são vertidas sublingualmente ou dissolvidas em água pura – 1 gota por colher de água – , fazendo-se equivaler a cada glóbulo uma gota.

 

 

O importante na prática homeopática é estar sempre atento às necessidades do paciente e adaptar o tratamento conforme a evolução dos sintomas e a resposta do organismo aos medicamentos. A experiência clínica e a observação contínua são fundamentais para garantir que a terapia seja adequada e eficaz.

 

 

 

Demais créditos: FORMA SIMPLES - Assessoria Linguística, Revisão Textual e Formatação ABNT

 

As diferenças na escrita do português de Portugal e do português do Brasil são resultado de aspectos históricos, geográficos e culturais. Algumas das principais diferenças entre as duas variantes incluem:

Ortografia: apesar do Acordo Ortográfico de 1990 ter unificado muitas regras, ainda existem diferenças na grafia de algumas palavras. Por exemplo, em Portugal, usa-se "facto", enquanto no Brasil escreve-se "fato".

Vocabulário: há palavras distintas para os mesmos objetos ou conceitos nos dois países. Por exemplo, em Portugal, usa-se "autocarro" e, no Brasil, "ônibus". Também ocorrem diferenças no uso de estrangeirismos, como "email" em Portugal e "e-mail" no Brasil.

Contrações e pronomes: no português de Portugal, é comum o uso da contração "pelo" (por + o), enquanto no Brasil, usa-se mais "por o". A colocação dos pronomes oblíquos também varia: em Portugal, é mais comum a próclise (pronome antes do verbo), e no Brasil, a ênclise (pronome após o verbo).

Gerúndio e infinitivo: o português de Portugal usa mais frequentemente o infinitivo pessoal ou impessoal, enquanto no Brasil, é comum o uso do gerúndio. Por exemplo, em Portugal diria-se "estou a escrever" e, no Brasil, "estou escrevendo".

Terminações verbais: na conjugação verbal, há diferenças como o uso do "tu" e "você" e suas respectivas terminações. Em Portugal, é comum o uso do "tu" com a terminação "-s" (ex: tu falas), enquanto no Brasil, utiliza-se mais o "você" com a terminação "-(e)m" (ex: você fala).

Essas são apenas algumas das diferenças na escrita do português de Portugal e do Brasil, que podem variar conforme o contexto e o registro linguístico utilizado.